Thursday, March 31, 2005

Mudando:

'cause everybody gets hurt, sometimes.

Flores...

Estive no enterro tardio de minhas próprias palavras e símbolos.

Enterro tardio da minha noção de amizade, da minha falta de culpa, da sminhas flores e ritos, papéis. Enterraram minha ingenuidade, mas, que pena!, deixaram a esperança!

Estive no enterro tardio de mim. Restou: meu corpo e meu amor.

Wednesday, March 30, 2005

Vento no litoral

De tarde quero descansar
Chegar até a praia e ver
Se o vento ainda está forte
Vai ser bom subir nas pedras, sei
Que eu faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora...
Agora está tão longe
Vê?
A linha do horizonte me distrai
Dos nosso planos é que tenho mais saudade
Quando olhávamos juntos, na mesma direção
Aonde está você agora, além de aqui, dentro de mim?
Agimos certo sem querer
Foi só o tempo que errou
Vai ser difícil sem você
Porque você está comigo o tempo todo
E quando vejo o mar
Existe algo diz
Que a vida continua
E se entregar é uma bobagem
Já que você não está aqui
O que posso fazer é cuidar de mim
Quero ser feliz, ao menos
Lembra que o plano era ficarmos bem?
Olha só o que eu achei:
Cavalos marinhos.
Sei que faço isso pra esquecer
Eu deixo a onda me acertar
E o vento vai levando tudo embora.

Legião Urbana na minha boca.

Tuesday, March 29, 2005

Divisão

Você fica com a parte com uvas-passas, que eu como o chocolate com castanhas!

Insônia II

Não durmo:
não sei se é falta de sono ou
angústia pela lentidão dos minutos e horas.
Não durmo,
e já não sei se é noite
ou dia.
Que não durmo, sei!
mas não há cansaço de corpo
Que renda minha mente.
Não é falta de cansaço o mal que me alige:
me preencho de fadiga do mundo!
Não durmo:
e não importa se é falta de sono!
Se fecho os olhos, quando os abro, é fato
que se encontram colados pelas areias salgadas
das lágrimas...
(Quisera eu fosse conjuntivite!)
Não durmo!
E se é insônia, é daquelas sem causa!
Dor? Dor todo mundo tem!
Não dumo.
Não sei se é falta de sono
ou agonia nesse peito que me guarda a alma!

Tempo

Os segundos escorrem, lentamente,
viscosamente,
através da minha retina-ampulheta.
Nada avisto no que chamaria-se de futuro:
nem pessoas, nem canções, nem dores ou contagens.
Mais tedioso que o tempo que se espera,
é o tempo vazio de sentido.

Que os segundos, então, me esqueçam!

Nostalgia

Tudo cheira à saudade.

Amor IV

É o que sinto explodindo em minhas entranhas.
Só isso.

Nada

Acabou nada.
As coisas seguem o rumo...

Fim

Este blog também acabou...
Foi tragado pelo espaço!

Insônia

Esqueça-me, mundo.
Dispus minha alma a ti,
e no entanto,
tragou-a de mim.

Meu corpo, agora
É um bloco vazio.


(diria que quase um bloco do eu sozinho)

Monday, March 28, 2005

Desculpas

Desculpe-me a existência
A insistência
A inconstância.

jogo-me sempre, no mundo
sem medodos abismos.

Tristeza III

Odeio mesmo é essa minha mania de fazer planos quando sei que dá tudo errado.

Tristeza II

A lágrima escorreu. O motivo: sempre o coito interrompido.

O soluço tomou conta de todo o ar da casa; foi-se a esperança de que as paredes permanecessem de pé. O grito entalou-se na garganta, como antes, como sempre.

Tola, tola, tola.

No fim, tudo é sempre igual. Não adianta resignar-se em começar de novo.

Tédio

...

Perguntas e respostas...

Um tanto romântica, no momento...

O que me impede de respirar poesia.

Sunday, March 27, 2005

Línguas

Porque eu acho que todas as línguas, até então, se parecem com línguas, Guilherme!

Amor III

Os espaços em branco dessa cidade vazia se cobrem de sentindo quando, mesmo que longe, estamos perto um do outro.

Pois não importa a distância, sinto seu cheiro nas minhas mãos. Esse cheiro não se dissipa no espaço ou no tempo

Desejo

"E, sem perceber, estaremos vivendo em dobro, com uma mesinha de cabeceira em cada lado da cama."

roubado descaradamente daqui

Tristeza

O silêncio que se entala na minha garganta;
A vergonha que se instaura em minhas bochechas -
que tornam-se rubras.
A frieza na qual transforma-se minha pele.

Noite

Ficaria contente com um abraço e um vinho tinto.

Saturday, March 26, 2005

Eu:

Desculpe a insistência das palavras: elas giram e giram. Fazem a volta e retornam para mim

Amor II

É a vontade de deitar no colo, e passar a noite, sem medo de o mundo acabar.

Wednesday, March 23, 2005

Mundo

Quero que os idiotas iguais a ele se explodam e que a vida seja menos desagradável.


Quando não tem-se nada a ver com os assuntos, cala-se a boca, e perpetua-se menos imbecilidade para toda a humanidade.

Agradecimento

Minha amizade não é definida por um não saber, por um não poder adivinhar. Minha amizade é a (tentativa) de boa companhia, o conversar - independente do quê. Minha amizade é essa, que não se mensura! Se é dada, sem pedir nada em troca, além de um sorriso. Minha amizade sou eu. Sendo seja lá o que eu for.


(obrigada pelo consolo, pela genialidade *minha? hwhwhw* de comer na frente do conic, pelo abraço apertado, pelo sorriso no rosto.)

Monday, March 21, 2005

Canção

Toco de leve os lábios do vento
E me deixo levar pela bonança
de uma brisa fria.
Beijo,
com os lábios mornos,
Os lábios sábios
Das gotas
de orvalho
Que planam por cima de mim.
disseram-me, certa vez, que este orvalho,
é o resto de lágrimas choradas

Beijo, de olhos bem fechados,
as pétalas campestres da saudade.
Beijo
(ou seria um canto incontido?)
a leveza de ser;
Beijo
(ou seria sopro perdido?)
O soltar-me,
Flutuar no ar
Como pólem, que não se rende ao orvalho.
disseram-me, certa vez, que as flores nunca se dão por vencidas.

Sunday, March 20, 2005

Play, play, play

[i]Brincando com palavras[/i]

Entrego minh'alma
e Soul mais dançante.

Música

'cause everybody hurts

Passado

"O ontem não existe mais."

Passou a mão nos cabelos molhados pelas lágrimas e foi-se! saiu pela porta, decidida a não mais chorar à toa, a não mais se condenar sem crime. Não iria mais condenar um outro, sem culpa. Passou a mão nos cabelos, e sentiu no tato, o formato do desgaste: físico, emocional, situacional. Passou a mão nos cabelos, e sentiu a dor do corte, ou o corte da dor, o fim da lágrima, com uma lágrima a mais. Sentiu a dificuldade de dar explicações plausíveis para um mundo louco, sem envolver quem não estava envolvido. É sempre mais fácil acreditar na mentira, na ilusão, do que na realidade.
Passou a mão no cabelo, colocou atrás da orelha, e foi-se decidida a não guardar mágoas, a reparar os erros mais cruéis... sem se importar com o que pensassem. Mas falhou: se importa. Se importa por quê? Se importa porque é burra, porque não consegue deixar o passado para trás, quando o ontem já não existe, a não ser nas páginas de um diário qualquer, comum, banal. O passado que inexiste, mas está inscrito em todas as páginas da vida, durante os anos que se foram, e que não voltam mais.
Passou a mão nos cabelos molhados, recém lavados do pó do mundo, e decidiu virar a página. Correu o risco de ser taxada, odiada, maltratada. É sempre assim, com mulheres, se perguntou incessantemente. Sentiu o fio da vida quebrantar-se e correu para apará-lo.


"Você não me quer, só porque eu não sou comum, só porque eu não sou banal... não quero parecer normal"

Saturday, March 19, 2005

Dor?

É sentimento (ou sentido?) de embrulho no estômago que sinto depois de uma noite nada saudável.

Homenagem

A todos os filhos bastardos que podem receber herança e não fazem perguntas sobre a possibilidade de tudo ser do campo da abstração!

Amor

Amo. Amo. Amo.

Esse amor verdadeiro, que me transporta daqui para o infinito.

Eu pulo nas pedras, nas beiradas dos abismos.


Amor é assim... Um grande buraco, no qual pode-se cair.

Idiotice

Revolta ou dor?

"poderia se chamar labirinto"

Essa alma controversa
Que me preenche.

Começo ou Recomeço?

Mário de Sá Carneiro:
Eu não sou eu,
nem sou outro.
Sou qualquer coisa de intermédio.
Pilar da ponte de tédio
Que vai de mim para o outro.