Passado
"O ontem não existe mais."
Passou a mão nos cabelos molhados pelas lágrimas e foi-se! saiu pela porta, decidida a não mais chorar à toa, a não mais se condenar sem crime. Não iria mais condenar um outro, sem culpa. Passou a mão nos cabelos, e sentiu no tato, o formato do desgaste: físico, emocional, situacional. Passou a mão nos cabelos, e sentiu a dor do corte, ou o corte da dor, o fim da lágrima, com uma lágrima a mais. Sentiu a dificuldade de dar explicações plausíveis para um mundo louco, sem envolver quem não estava envolvido. É sempre mais fácil acreditar na mentira, na ilusão, do que na realidade.
Passou a mão no cabelo, colocou atrás da orelha, e foi-se decidida a não guardar mágoas, a reparar os erros mais cruéis... sem se importar com o que pensassem. Mas falhou: se importa. Se importa por quê? Se importa porque é burra, porque não consegue deixar o passado para trás, quando o ontem já não existe, a não ser nas páginas de um diário qualquer, comum, banal. O passado que inexiste, mas está inscrito em todas as páginas da vida, durante os anos que se foram, e que não voltam mais.
Passou a mão nos cabelos molhados, recém lavados do pó do mundo, e decidiu virar a página. Correu o risco de ser taxada, odiada, maltratada. É sempre assim, com mulheres, se perguntou incessantemente. Sentiu o fio da vida quebrantar-se e correu para apará-lo.
"Você não me quer, só porque eu não sou comum, só porque eu não sou banal... não quero parecer normal"
Passou a mão nos cabelos molhados pelas lágrimas e foi-se! saiu pela porta, decidida a não mais chorar à toa, a não mais se condenar sem crime. Não iria mais condenar um outro, sem culpa. Passou a mão nos cabelos, e sentiu no tato, o formato do desgaste: físico, emocional, situacional. Passou a mão nos cabelos, e sentiu a dor do corte, ou o corte da dor, o fim da lágrima, com uma lágrima a mais. Sentiu a dificuldade de dar explicações plausíveis para um mundo louco, sem envolver quem não estava envolvido. É sempre mais fácil acreditar na mentira, na ilusão, do que na realidade.
Passou a mão no cabelo, colocou atrás da orelha, e foi-se decidida a não guardar mágoas, a reparar os erros mais cruéis... sem se importar com o que pensassem. Mas falhou: se importa. Se importa por quê? Se importa porque é burra, porque não consegue deixar o passado para trás, quando o ontem já não existe, a não ser nas páginas de um diário qualquer, comum, banal. O passado que inexiste, mas está inscrito em todas as páginas da vida, durante os anos que se foram, e que não voltam mais.
Passou a mão nos cabelos molhados, recém lavados do pó do mundo, e decidiu virar a página. Correu o risco de ser taxada, odiada, maltratada. É sempre assim, com mulheres, se perguntou incessantemente. Sentiu o fio da vida quebrantar-se e correu para apará-lo.
"Você não me quer, só porque eu não sou comum, só porque eu não sou banal... não quero parecer normal"
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