Sunday, June 26, 2005
Sunday, June 19, 2005
Fim
O amor nem sempre é incondicional. Precisa que seja regado, como as flores. Se eu antes fui uma florzinha, hoje sou um mero agradecimento em um trabalho acadêmico. E isto não é amor. Este blog era feito de puro amor. Agora, não é nada. O amor só tem sentido quando cultivado, mostrado, percebido, jorrado em todos os cantos do mundo. Quando é escondido, evitado, rebuscado, jogado na lata do lixo, não vale a pena.
Este blog já não tem sentido. Assim como o amor.
Este blog acabou.
quem quiser saber de mim, tenho casa, telefone, msn, e até icq
retornei ao drunk.sad.poetry. lá é minha casa, sempre foi.
Este blog já não tem sentido. Assim como o amor.
Este blog acabou.
quem quiser saber de mim, tenho casa, telefone, msn, e até icq
retornei ao drunk.sad.poetry. lá é minha casa, sempre foi.
Saturday, June 18, 2005
Segunda-feira, Agosto 30, 2004
sabe, querida,
eu há muito só quis ouvir o toque do telefone. sair correndo, ouvir uma voz conhecida. bastava. só isso e meu vazio ia embora. era como se eu fosse uma pessoa. o telefone tocava, eu corria. era você. e eu me tornava eu.
eu senti saudade. eu sinto saudade. mas, de repente, tudo veio bem claro para mim. eu não consigo competir com ninguém. eu consigo amar. um monte de gente. amar muito. mas não consigo não ser amada. ser a menos amada. é ruim. bem ruim.
aí eu ligo. quando é insuportável te perder eu ligo. e eu só quero uma palavra linda. oi, linda. só quero, eu sinto sua falta. você faz falta. porque eu sei que não faço. já fiz. mas não mais. que saudade?
o que é saudade?
às vezes eu queria morrer. penso em tudo o que eu deixei para trás e começo a me achar a mais miserável do mundo. eu tinha uma vida. péssima. só que bem melhor que essa.
eu escolhi o caminho errado. não soube entender os paradoxos. nem deixá-los de lado. eu tive que vivê-los da forma mais dolorida. e ir embora.
eu sou boa em ir embora, não é? várias vezes eu fui embora. com todo mundo que eu gostava. troquei todos pelo meu impulso. sofri. fiz sofrer. fiz sofrer mais do que sofri, lógico. tudo me parece tão lógico, agora.
você ama outro. eu amo outro.
mas quem eu sempre amei foi você.
eu quis te proteger de mim. eu quis me proteger de você. eu fugi. desde aquele dia. ou noite. eu fugi. fui embora. você foi embora.
mas você voltou. eu fiquei longe.
é tarde para recomeçar. para mim, tudo agora é tarde.
muito tarde para viver.
se bem que eu me sinto bem morta. bem fria. bem nada.
aquele espaço vazio que eu tinha? era só eu mesma.
eu sempre fui mil solidões. eu nunca entendi porquê. decidi me culpar. e as coisas fazem sentido. um imenso sentido.
por muito tempo sua voz era suficiente.
e a minha era suficiente.
hoje não foi.
não vi seu sorriso radiante. não ouvi minhas lágrimas de felicidade.
hoje, o telefone pareceu gelo, não é? nós parecemos gelo.
eu sou uma menina, querida. mas há tanto tempo fria.
acho que estou morta e não sei onde deitar. algum dia pensei que fosse no seu colo. agora procuro o meu.
'cause sun is going to shine, on my backdoor, someday - nina.
eu há muito só quis ouvir o toque do telefone. sair correndo, ouvir uma voz conhecida. bastava. só isso e meu vazio ia embora. era como se eu fosse uma pessoa. o telefone tocava, eu corria. era você. e eu me tornava eu.
eu senti saudade. eu sinto saudade. mas, de repente, tudo veio bem claro para mim. eu não consigo competir com ninguém. eu consigo amar. um monte de gente. amar muito. mas não consigo não ser amada. ser a menos amada. é ruim. bem ruim.
aí eu ligo. quando é insuportável te perder eu ligo. e eu só quero uma palavra linda. oi, linda. só quero, eu sinto sua falta. você faz falta. porque eu sei que não faço. já fiz. mas não mais. que saudade?
o que é saudade?
às vezes eu queria morrer. penso em tudo o que eu deixei para trás e começo a me achar a mais miserável do mundo. eu tinha uma vida. péssima. só que bem melhor que essa.
eu escolhi o caminho errado. não soube entender os paradoxos. nem deixá-los de lado. eu tive que vivê-los da forma mais dolorida. e ir embora.
eu sou boa em ir embora, não é? várias vezes eu fui embora. com todo mundo que eu gostava. troquei todos pelo meu impulso. sofri. fiz sofrer. fiz sofrer mais do que sofri, lógico. tudo me parece tão lógico, agora.
você ama outro. eu amo outro.
mas quem eu sempre amei foi você.
eu quis te proteger de mim. eu quis me proteger de você. eu fugi. desde aquele dia. ou noite. eu fugi. fui embora. você foi embora.
mas você voltou. eu fiquei longe.
é tarde para recomeçar. para mim, tudo agora é tarde.
muito tarde para viver.
se bem que eu me sinto bem morta. bem fria. bem nada.
aquele espaço vazio que eu tinha? era só eu mesma.
eu sempre fui mil solidões. eu nunca entendi porquê. decidi me culpar. e as coisas fazem sentido. um imenso sentido.
por muito tempo sua voz era suficiente.
e a minha era suficiente.
hoje não foi.
não vi seu sorriso radiante. não ouvi minhas lágrimas de felicidade.
hoje, o telefone pareceu gelo, não é? nós parecemos gelo.
eu sou uma menina, querida. mas há tanto tempo fria.
acho que estou morta e não sei onde deitar. algum dia pensei que fosse no seu colo. agora procuro o meu.
'cause sun is going to shine, on my backdoor, someday - nina.
Thursday, June 16, 2005
Wednesday, June 15, 2005
Dias
Meus dias nunca passam em branco. Passam vazios, sentidos, doloridos. Diria que passam transparentes, ao som de jazz e regados à cerveja ruim. Passam chorosos, penosos, nunca coloridos. Embora eu veja um arco-íris se formar através das lágrimas, por detrás das nuvens.
Ilusão de ótica?
I want your love, don't wanna borrow
Ilusão de ótica?
I want your love, don't wanna borrow
Piauí
Tomaram três cervejas e foram embora. Assim como você. Tomou fácil meu coração, e logo partiu, sem dó.
Monday, June 13, 2005
Sunday, June 12, 2005
Thursday, June 09, 2005
24/01/2004, no drunk.sad.poetry
quero chorar, meu bem, como nunca chorei de desânimo de um amor. quero chorar de medo, como criança que tem medo do escuro, tenho medo de perder. sempre fui péssima perdedora. por isso, quase nunca entro em jogos nos quais sei que é muito fácil para me machucar. quero chorar de dor de, a cada minuto, sentir a distância que se põe entre dois olhares. quero chorar porque já não te reconheço em mim, e meu reflexo só mostra saudade... eu não tenho mais cara!... só tenho saudade. e se todas as saudades que eu sinto são de você, o que farei? quero chorar, porque estou me transformando em um monstro comedor de meus próprios sonhos, destruidor de possibilidades, destruidor de chances de continuar. quero chorar, pois me falta o chão, e a qualquer instante, posso cair. eu tenho medo de cair. quero chorar, meu bem, por não saber quais são meus erros agora, por não saber o que te afasta: sou eu ou é você mesmo? é você ou sou eu mesma? Ai, como dói no peito, uma farpa que tem poder de estilhaçar passados que gostaria que fossem presentes que se transformassem em futuros. mas, eu sou izis, uma falta de futuro. não é assim que eu acho? que nunca existirá futuro? como eu queria chorar...
relendo-me
Quem sou eu para dizer o que sou
Se quando me pego em flagrante vejo
Uma porção de erros e descasos
E fracassos
E coloco milhares de vidros quebrados
Em muros altos
Para que eu mesma, ao escalar
possa me cortar!?
Se quando me pego em flagrante vejo
Uma porção de erros e descasos
E fracassos
E coloco milhares de vidros quebrados
Em muros altos
Para que eu mesma, ao escalar
possa me cortar!?
Releituras sobre mim mesma
Eu não joguei pedras nas janelas erradas. Eu joguei pedra na cruz, se Jesus foi, de fato, crucificado. E o pior é que eu mesma devo ter sido Jesus, porque eu mesma me estrepo nas coisas por minhas próprias escolhas. Sem lógica? Completamente.
Monday, June 06, 2005
Sobre o tempo
"vacas macérrimas nada, se nem a xepa aparece, são tempos de carcaça."
(Vitória e sua brilhante fala sobre a minha vida amorosa)
(Vitória e sua brilhante fala sobre a minha vida amorosa)
Saturday, June 04, 2005
Cansaço
Dessa solidão.
Você podia me levar
no ritmo das ondas.
Balançar-nos, para lá
e para cá
como num salão.
Você podia me levar
no ritmo das ondas.
Balançar-nos, para lá
e para cá
como num salão.
Thursday, June 02, 2005
Para mim, para você, para o amor
Você sempre abandona as pessoas antes que elas possam te abandonar. Sempre as deixa, na esperança que permaneçam amando, que se reconstituam, colem os pedaços, fragmentos, ainda com você. Que vivam, sem você, seu amor. Que sejam amor puro e pleno, mas sem dor. Como poderia ser sem dor? Se o telefone não toca e a vida de antes não volta? Como poderia não haver dor, se você se vai quando menos se espera, e nunca volta?
O amor, meu bem, não mingua quando não deixamos.
O amor, meu bem, não mingua quando não deixamos.