Monday, May 09, 2005

Diálogo forjado

(fiz, com coisas minhas e da Patrícia)

Diálogo da dor. (ou o complexo do amor)

a. “Chegue, pegue uma cadeira, divida a mesa comigo. Pode sentar, eu deixo você sentar.”
b. “Não vem aqui, não pode se aconchegar, não senta na mesa comigo de novo, aqui só tem espaço para uma cadeira.”
a. “Pode beber do meu copo. Reparta seu sonhar comigo. Vinho é bem gostoso mesmo, gosto de bebidas doces. Pode, sim, chegar mais perto.”
b. “Amor, pode me levar a mal, porque agora quando te digo amor é só força de expressão”
a.“Sente-se desse lado da mesa. Não, esse anel não quer dizer mais nada. Ele disse algum dia. Não faz mais sentido. Isso, chega mais perto, me abraça. Fica mais um minuto.”
b. “Eu não precisava de um minuto, amor, precisava era da vida inteira. Mas a gente é feliz com o que tem, não com o que perdeu, certo?”
a. “Esse negócio de sofrimento é só uma boa desculpa para nos fazermos de bobos e abandonar o amor. Eu jamais quero abandonar o amor.”
b. “Meu bem, não me mande notícias nunca, nem se estiver do outro lado do oceano e, por acaso, sentir minha falta. Eu estou te expulsando, entende?”
a. “Amor, como é que pode ser assim? Se até ontem Eu me vestia com sapatos feios, você com shorts engraçados. E a gente ia levando. E se deixando levar.”
b. “Eu preciso de alguém que seja poesia porque cansei de me dar de graça.”
a. “Eu ainda quero meu amor descabido, desmedido. ainda quero minha ânsia louca de ouvir músicas na vitrola. Mas, meu amor, eu quero mesmo é Janaína.”

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