Janaína
Carta
Vírgina, Izolita, Calamidade, Isolda e Saiwalô,
todas vocês me mal interpretam.
Dizem que eu finjo entender o amor, e que me digo superior. Mas é mentira. Eu não digo que eu entendo o amor. Eu entendo o meu amor. O que eu sinto, e o que eu sou.
Eu entendo de um amor tardio, um amor da entrega, um amor incondicional que é só meu. Um amor do choro, do escorrer pelo cano, do sofrer bonito, que só eu sofro por mim mesma. Entendo de um amor gostoso que me leva por entre as medeixas do chorinho, e me encanta nas rodas de samba. Me encanto por um amor que não deixa vestidos nas casas alheias se não quiser se despir mais vezes. Entendo de um amor que não se rende às lágriams, até que elas sejam verdadeiras. Entendo de um amor que não é real. É só romântico. Entendo de um amor que é Cecília, às vezes, mas que não queria ser. Eu entendo de um amor que é livre para entender as distâncias e as dores, mas não entende a fuga e o não entregar-se. Entendo de um amor que me preenche e me corrompe me aglutina novamente em mim. Entendo de um amor que é dor, quando longe, que é saudade imensa. Entendo de um amor que é romântico, mas sadio. Vocês dizem que eu sou muito alheia ao mundo, porém, não é assim. Eu não sou alheia à ninguém. nem a mim e nem ao mundo. Eu não visto máscaras do querer corpos. Eu quero corpos! E quero almas! Eu quero corpos e almas entrelaçados numa noite fria buscando confluências nos sonhos sobre feijões e laranjeiras. Eu entendo de um amor que é feito de flores e mangueiras. Que se abre como rosa, em sete dias. Mas que não se desmancha como rosas. Entendo de um amor que é eterno, mas que não poda quereres. Entendo de um amor que se deixa levar, que se deixa atrair. Entendo de um amor que é muito, mas muito mais que sexo. Entendo de um amor que é ver o sol se colocar entre as folhas das ávores.
É esse o amor sobre o qual eu entendo.
Eu não quero um amor Sabina, Tereza ou Tomas.
Não quero o amor fugidio de Sabina, o amor massacrado de Tereza, o amor flutuante de Tomas.
Eu quero mesmo é um amor Adélia Prado.
Vírgina, Izolita, Calamidade, Isolda e Saiwalô,
todas vocês me mal interpretam.
Dizem que eu finjo entender o amor, e que me digo superior. Mas é mentira. Eu não digo que eu entendo o amor. Eu entendo o meu amor. O que eu sinto, e o que eu sou.
Eu entendo de um amor tardio, um amor da entrega, um amor incondicional que é só meu. Um amor do choro, do escorrer pelo cano, do sofrer bonito, que só eu sofro por mim mesma. Entendo de um amor gostoso que me leva por entre as medeixas do chorinho, e me encanta nas rodas de samba. Me encanto por um amor que não deixa vestidos nas casas alheias se não quiser se despir mais vezes. Entendo de um amor que não se rende às lágriams, até que elas sejam verdadeiras. Entendo de um amor que não é real. É só romântico. Entendo de um amor que é Cecília, às vezes, mas que não queria ser. Eu entendo de um amor que é livre para entender as distâncias e as dores, mas não entende a fuga e o não entregar-se. Entendo de um amor que me preenche e me corrompe me aglutina novamente em mim. Entendo de um amor que é dor, quando longe, que é saudade imensa. Entendo de um amor que é romântico, mas sadio. Vocês dizem que eu sou muito alheia ao mundo, porém, não é assim. Eu não sou alheia à ninguém. nem a mim e nem ao mundo. Eu não visto máscaras do querer corpos. Eu quero corpos! E quero almas! Eu quero corpos e almas entrelaçados numa noite fria buscando confluências nos sonhos sobre feijões e laranjeiras. Eu entendo de um amor que é feito de flores e mangueiras. Que se abre como rosa, em sete dias. Mas que não se desmancha como rosas. Entendo de um amor que é eterno, mas que não poda quereres. Entendo de um amor que se deixa levar, que se deixa atrair. Entendo de um amor que é muito, mas muito mais que sexo. Entendo de um amor que é ver o sol se colocar entre as folhas das ávores.
É esse o amor sobre o qual eu entendo.
Eu não quero um amor Sabina, Tereza ou Tomas.
Não quero o amor fugidio de Sabina, o amor massacrado de Tereza, o amor flutuante de Tomas.
Eu quero mesmo é um amor Adélia Prado.
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